As empresas têm amadurecido muito em busca de soluções que apóiem o RH em todos os seus processos, tanto de administração de pessoal quanto de desenvolvimento organizacional.
Um desses métodos que está sendo cada vez mais utilizado é o chamado Business Intelligence, que surge como uma ferramenta de apoio à gestão com vista ao desenvolvimento futuro da empresa e os prazos de execução.
Para entender um pouco mais sobre esse método e os desafios das empresas na área de Recursos Humanos, o Portal Administradores conversou com o presidente da ADP Brasil, Cesar Marinho, um dos palestrantes das Rodadas Inspiracionais do HSM ExpoManagement. Ele abordou a utilização desse novo recurso na gestão estratégica de pessoas.
A ADP é um dos maiores fornecedores de serviços de RH do mundo, com 61 anos de experiência. Confira a entrevista com o presidente da companhia:
1 - Como você definiria exatamente o Business Intelligence e como ele pode ajudar as pequenas e médias empresas em seus processos de gestão?
Nos últimos anos, Business Intelligence foi um tema de grande destaque nas corporações em virtude da indiscutível relevância das práticas de BI ao negócio. Traduzido como "inteligência de negócios", seria um processo de organização e análise de dados para suportar a tomada de decisão. As pequenas e médias empresas podem se beneficiar na medida em que passam a monitorar seus resultados apoiadas em métricas alinhadas a sua realidade de gestão e de mercado.
2 - Em sua opinião, qual é a maior dificuldade encontrada hoje na gestão de pessoas dentro das empresas brasileiras?
O maior desafio continua sendo confirmar o posicionamento do RH como parceiro estratégico das áreas de negócio da organização. Essa tem sido a maior discussão nos últimos anos, por isso as soluções de Business Intelligence para gestão de métricas de desempenho são tão importantes. Além disso, permitem medir o impacto direto ou indireto das ações de RH nos resultados financeiros da organização.
3 – A ADP Brasil oferece suporte voltado para área de RH. Quanto uma empresa pode chegar a reduzir com a terceirização na área de recursos humanos e implementação desses serviços?
Quando falamos em terceirização na área de Recursos Humanos é importante considerar que o papel deste departamento é o de alinhar e conduzir políticas aos interesses estratégicos da empresa. O papel de execução das rotinas inerentes deve, preferencialmente, ser disseminado pela organização aos gestores e aos próprios funcionários.
Neste cenário, que permeia toda a empresa no fluxo de solicitações e mantém o RH como gestor do processo, a redução obtida com a terceirização pode chegar a 30% em comparação ao modelo tradicional de RH, que centraliza as decisões e a execução dos processos.
4 – Nesse processo, a tecnologia pode ser considerada uma das principais aliadas para a gestão em diversas áreas de uma empresa?
Sem dúvida, investir em tecnologia é um requisito indispensável para empresas que buscam um posicionamento competitivo. Em termos de gestão de capital humano, a tecnologia proporciona a otimização da gestão de todos os processos e permite a transferência de algumas tarefas para o próprio colaborador, como solicitação de férias, impressão de recibo salarial, atualização de dados, inscrição para treinamentos, entre outras.
O uso da tecnologia confere aos funcionários e gestores maior independência e possibilita que o departamento de RH dedique mais tempo ao seu papel estratégico. Além de proporcionar mais agilidade aos processos de Recrutamento e Seleção, Avaliação de Desempenho, Gestão de Treinamentos e outros.
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