domingo, 21 de novembro de 2010

DESENVOLVER PESSOAS GARANTE FUTURO DA EMPRESA

Na busca de novos talentos, muitas empresas estão investindo no desenvolvimento do pessoal interno.

A técnica recebe o nome de coaching e tem como objetivo transformar subordinados em líderes.

Nesse contexto, o papel dos executivos, atuando como mestres é fundamental.

Diante da competitividade cada vez mais agressiva, ter pessoas afinadas com o espírito da corporação e, ainda por cima, aptas a vencer desafios, é o grande sonho de qualquer empresa. Só que profissionais competentes, criativos, perspicazes e interessados nem sempre estão disponíveis no mercado. Então como tê-los? A solução pode estar dentro das próprias organizações e se resume em uma fórmula aparentemente simples: basta desenvolver o pessoal interno.

Porém, se a fórmula é simples, colocá-la em prática... É difícil porque nem tudo que parece elementar em um ambiente corporativo pode ser resolvido de uma hora para outra. Desenvolver pessoas - entenda-se, por isso, lapidação de talentos - exige paciência e, principalmente, tempo, elementos cada vez mais raros nas empresas que, preocupadas com processos e controles, não esticam os seus olhos para os indivíduos que as cercam. Isso explica porque poucas conseguiram êxito em suas tentativas de transformar executivos em desenvolvedores de pessoas.

Apesar disso, a técnica, batizada de coaching (gíria de origem universitária norte-americana para designar um "tutor" particular que prepara o aluno para um exame em determinada matéria), tem sido um dos assuntos mais discutidos nas salas dos diretores de recursos humanos. Se resume, basicamente, na transformação de executivos em mestres, para que possam, por sua vez, transformar subordinados em líderes e sucessores. Ou seja, preparar aqueles que vão levar a empresa no futuro.

Mas como convencer um executivo que é fundamental avaliar o desempenho de seu subordinado? Novamente aqui a falta de tempo é a principal justificativa. Mas isso só denota a ausência de prioridade. Fazer coaching nem sempre significa elaborar grandes relatórios. Basta ter a capacidade de perceber, ouvir, diagnosticar falhas, planejar crescimento, enfim, práticas que podem ser exercitadas em uma simples parada para o cafezinho ou em uma reunião de equipe.

O líder que adota essa filosofia tem maior facilidade para identificar as deficiências de seus comandados e corrigi-las numa simples conversa formal. Consegue também enxergar as virtudes e descobrir quem está apto para ocupar posições de destaque dentro da equipe. Mesmo que isso signifique a cobiça do seu próprio cargo. Mas como disse à revista Exame, Carlos Faccina, diretor de Recursos Humanos da Nestlé: "meu sucessor deverá estar mais bem preparado do que eu, no futuro".

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