sexta-feira, 19 de novembro de 2010

As oportunidades estão aqui

Leaving to America? Melhor ficar no Brasil! Não sou eu quem está dizendo, mas os números, que mais uma vez favorecem o nosso País e mostram que sua economia está muito mais atraente do que as de muitos países do primeiro mundo.

O IBGE acaba de divulgar que o desemprego no Brasil teve a menor taxa para o mês de julho desde que o índice foi criado, em 2002. A taxa de desemprego chegou a 6,9%, contra 8% em julho do ano passado, e o instituto acredita ainda que, se ela continuar nesse ritmo, deve registrar recorde de baixas mensais até o fim de 2010.

Enquanto isso, a economia americana deu sinais de desaceleração no 2º trimestre. O crescimento econômico da maior potência do mundo foi revisado de 2,4% para 1,6% no período, e o número mostra também desaceleração em relação aos três primeiros meses do ano: o crescimento foi revisado de 2,7% para 3,7%.

É claro que não desejamos a recessão da economia americana, nem de nenhum outro país. É interessante, porém, ver como o Brasil tem crescido, tem aprendido a ser mais independente e se tornado atraente para a economia mundial. Além disso, já é possível verificar que muitos profissionais, em vez de alçarem voo para outros países, em busca de melhores oportunidades, optam cada vez mais por ficar aqui.

Aliás, vale destacar que não são apenas os brasileiros que estão mais otimistas em relação a oportunidades de carreira no Brasil; o número de estrangeiros que imigram para o País é cada vez maior. No primeiro semestre deste ano, o Ministério do Trabalho e Emprego (MTE) concedeu 22.188 autorizações de trabalho a estrangeiros. Destas, 20.760 são temporárias e 1.428 permanentes, o que representa um aumento de 18,85% em relação ao mesmo período de 2009. Dentre as autorizações permanentes, foram concedidas 711 para administradores, diretores, gerentes e executivos com poderes de gestão. Já os investidores pessoa física somam 431 autorizações entre janeiro e junho deste ano.

O Ministério do Trabalho divulgou ainda que o maior número de estrangeiros veio dos Estados Unidos, com 3.622 autorizações, seguido do Reino Unido (1.921) e das Filipinas (1.737). Ou seja, os dados comprovam o que dissemos anteriormente: mesmo profissionais que vieram de países do primeiro mundo estão dando um voto de confiança para o Brasil e investindo em suas carreiras aqui, algo jamais cogitado há cerca de uma década atrás.

A melhor parte é saber ainda que, além de o desemprego estar diminuindo, os profissionais brasileiros também estão sendo mais valorizados e bem pagos. Segundo pesquisa divulgada pelo Dieese, cerca de 97% das negociações salariais estabelecidas no primeiro semestre de 2010 obtiveram reajustes iguais ou acima da inflação. As mesmas 290 unidades de negociação apresentaram índices de 87% e 93%, em 2008 e 2009, respectivamente. Na indústria, somente 2% dos reajustes ficaram abaixo do INPC no primeiro semestre, sendo que nos anos anteriores esse porcentual chegou a aproximadamente 9%.

Todos esses dados mostram que as oportunidades estão mais próximas do que imaginamos, só é preciso profissionalização para ocupá-las. Como se diz na linguagem juvenil: o Brasil está “bombando”, e há sim espaço para todos, desde que haja qualificação.

O nível dos nossos profissionais deve acompanhar o crescimento do País, ou teremos que buscar lá fora mão de obra especializada. E esse aspecto vale uma reflexão diária: como estão suas competências? Você tem investido em sua profissionalização? Se a resposta é não, está na hora de entrar no ritmo.

Por Hélio Rangel Terra, formado em Ciências Contábeis com pós-graduação em Harvard, é Presidente da Ricardo Xavier Recursos Humanos.

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